domingo, 12 de abril de 2009

Gran Torino



Gran Torino
Gran Torino
EUA, 2008 - 116 min
Drama

Direção: Clint Eastwood

Roteiro: Nick Schenk, Dave Johannson

Elenco: Clint Eastwood, Christopher Carley, Bee Vang, Ahney Her, Brian Haley, Geraldine Hughes

Do início dos anos 1990 para cá Clint Eastwood (Menina de Ouro) vem se mostrando um ótimo cineasta, o que já se aplicava à sua atuação. Gran Torino é mais uma prova disso.
Walt Kowalski (Clint Eastwood) é um veterano da Guerra da Coréia preconceituoso e rabugento que se vê só num bairro repleto de imigrantes asiáticos depois da morte de sua mulher. Após salvar seu vizinho hmong Thao Lor (Bee Vang) de uma gangue de mesma etnia, Walt começa a mudar seu jeito de pensar e se apega ao garoto e à sua irmã Sue (Ahney Her), deixando um pouco de lado sua antiga vida, onde ele fazia consertos em eletrodomésticos, limpava seu belíssimo Ford Gran Torino 72 e sentava à varanda de sua casa com sua cadela para tomar cerveja.
A história aparenta ser muito simples, mas se desenrola muito bem durante o decorrer do filme e caracteriza-se por ser uma junção de vários dos aspectos presentes em outros filmes de Clint Eastwood, o que se mostra muito bem encaixado no roteiro, conseguindo manter um ótimo equilíbrio entre divertimento e drama, algo muito característico do diretor.
Mas a obra também tem seus vacilos. Os maiores deslizes estão no elenco. Eastwood, como sempre, se mostra excelente no papel, tanto nas cenas de humor quanto nas cenas mais dramáticas. Ahney Her também tem uma boa atuação, mas Vang não chega nem perto. O ator não consegue expressar as emoções necessárias, o que é perceptível a partir de sua primeira fala com mais de três ou quatro palavras (aproximadamente na metade da película), o que prejudica -e muito- o filme, pois seu papel é de grande importância. Outro ator que não consegue dar conta de seu papel é Cristopher Carley, que interpreta o padre Janovich. Apesar de a personagem não exigir tanto, o ator não se mostra a par da situação em nenhum momento. O diretor do filme errou onde ele costumas mais se destacar positivamente: na escolha do elenco.
A parte técnica do filme é muito boa, principalmente a iluminção. Eastwood opta por usar câmera-de-mão em várias cenas, tornando a fotografia natural e de ótimo foco, o que funciona muito bem.

O filme não é o melhor de Eastwood, mas faz jus ao diretor e com certeza merecia o seu lugar como indicado ao Oscar. Talvez não em Melhor Filme, mas com certeza em Melhor Ator e Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original.
Vale a pena conferir pois, fora os costumeiros ensinamentos presentes nos diversos filmes do diretor, há uma grande mensagem sobre o quanto alguém é capaz de superar seus preconceitos e sobre as várias formas de se encarar a vida.

3 comentários:

André Siqueira disse...

Nunca vi...
Muitas pessoas estão falando bem deste filme e se a atuação do ator principal igualar ao outro filme - A Menina de Ouro - já valerá a pena assistir.


Visite meu blog quado tiver tempo...
MILHA TURVA
Abraços

André Siqueira disse...

Valeu pela visita e volte sempre(propaganda barata...rsrsrs)

Abração

André - Milha Turva

Anderson Siqueira disse...

Um filme muito acima da média. Com técnica apurada e roteiro bem estruturado.

 
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