quinta-feira, 21 de julho de 2011

Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2

Por Juliano Gadêlha


Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2


Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 2
Reino Unido/EUA , 2011 - 130 min.
Aventura / Fantasia

Direção:
David Yates

Roteiro:
Steve Kloves

Elenco:
Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, Ralph Fiennes, Michael Gambon, Alan Rickman, Matthew Lewis, Evanna Lynch, Helena Bonham Carter, Bonnie Wright, Maggie Smith, Jim Broadbent, David Thewlis, Julie Walters, Mark Williams, James Phelps, Oliver Phelps, Natalia Tena, Emma Thompson, Jason Isaacs, Helen McCrory, Tom Felton, Warwick Davis, Domhnall Gleeson, Clémence Poésy, John Hurt, Geraldine Somerville, Adrian Rawlins, Robbie Coltrane, Gary Oldman, Chris Rankin, David Bradley, Kelly Macdonald, Ciarán Hinds, Hebe Beardsall, Devon Murray, Jassie Cave, Afshan Azad, Anna Shaffer, Georgina Leonidas, Freddie Stroma, Alfie Enoch, Katie Leung, Scarlett Byrne, Miriam Margolyes, Gemma Jones


Acabou. Chegou ao fim a maior saga cinematográfica da história. Pode até não parecer, mas faz mais de dez anos que a Warner aceitou o desafio de transformar os best-sellers de J.K. Rowling em filmes. Na época, muitos duvidavam que fosse possível adaptar com qualidade uma obra tão imaginativa e fantasiosa. Não havia precedentes. Hoje, a pergunta a ser respondida é: eles conseguiram?
Primeiramente, cabe falar sobre este último capítulo cinematográfico da série. Em Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2, Harry, Rony e Hermione continuam a busca pelas horcruxes para derrotar Lord Voldemort, sabendo ele está mais poderoso do que nunca, agora que se apossou da Varinha das Varinhas. Em ritmo intenso, o enredo sai atropelando cena após cena, para chegar ao clímax da saga, momento no qual o filme se permite cenas mais contemplativas, focando na iminência da derradeira luta. Ainda sim, a impressão que se tem é que o filme não passa de um episódio de 40 minutos.
Essa ligeireza e até pressa prejudica um pouco o desenvolvimento da história, o que não deveria acontecer, já que a maior parte do enredo se concentrou na Parte 1. Além do mais, não faria mal uns 15 ou 20 minutos a mais de filme. Melhor ainda, porque não encerrar a saga com um filme de 3 horas, estilo “O Senhor dos Anéis”? Enfim, eles preferiram fazer do último filme o menor de todos, com 2 horas e 10 minutos.
O diretor David Yates teve uma chance de ouro de fazer um grande trabalho com a série Harry Potter, afinal ele dirigiu os últimos quatro filmes. Era a chance de evitar furos no roteiro, inverossimilhança e incompatibilidade entre os filmes. Mas seus erros no e filmes continuaram a se refletir nos dois últimos, e até mesmo entre estes (que são partes de um mesmo) há incongruências. É claro que o roteirista Steve Kloves também tem grande influência nisso. Apesar de ter lidado com o dificílimo trabalho de adaptar os livros, ele também deu umas escorregadas ao longo dos filmes.
O trio principal mostrou mais uma vez que se encaixa perfeitamente em seus personagens. Ainda que se possa questionar sua capacidade de atuação, nada se pode dizer deles como Harry, Rony e Hermione. Só poderemos ter uma ideia mais clara da capacidade de Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson quando os virmos em outras grandes produções, interpretando papéis diferentes, o que não deve demorar. Este filme também abriu mais espaço para grandes atores como Ralph Fiennes, Alan Rickman e Maggie Smith, o que teve uma influência positiva no resultado final.
Os efeitos visuais estão mais uma vez incríveis, principalmente nas cenas derradeiras. Fotografia, figurino, direção de arte e maquiagem mais uma vez são pontos fortes do filme, chegando a ser absurdo que nunca tenham sendo premiados com um Oscar em nenhum dos anteriores.
Apesar dos pontos positivos, o filme comete erros na apresentação da história, assim como muitos dos anteriores. O enredo falha em apresentar a explicação e a origem de alguns eventos, e acaba impondo certas coisas ao espectador. Muito disso pode passar despercebido, mas uma análise mais atenta mostra que vários fatos não fazem sentido.
Por um ângulo diferente, pode-se dizer que esses deslizes de roteiro se deram porque a preocupação maior era em homenagear a saga, os personagens, os fãs. E realmente o filme dá essa impressão de uma grande homenagem, mas isso não impede nem dispensa a realização de um bom filme.
Fazendo um balanço geral, e dado o altíssimo grau de dificuldade de adaptação, a saga Harry Potter foi bem nos cinemas. Em termos de faturamento isso não se discute, afinal foi imbatível, mas em termos de qualidade não pode ser desprezada também. É claro que muitas coisas poderiam ter saído melhor, mas também muito mais poderia ter dado errado. Afinal, não é todo dia que Peter Jackson e “O Senhor dos Anéis” cruzam o nosso caminho.
O último filme, individualmente analisado, fez pouco. Ficou longe do nível da Parte 1, se preocupou em homenagear a saga, o que é bom, mas deixou de lado muitos fatos importantes. Além do mais, não ficou aquele sentimento de adeus, de fechamento de um ciclo. O fim deixou algo em aberto, um certo vazio. Para os fãs mais otimistas, resta pensar que se é assim, é porque não acabou realmente, certo?

1 comentários:

Rafael W. disse...

Um desfecho magnífico para essa inesquecível série. Harry Potter, vai ser pra sempre!

http://cinelupinha.blogspot.com/

 
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