sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Tempo de Despertar


Tempo de Despertar (Awakenings)

EUA, 1990
Drama - 121 min

Direção: Penny Marshall
Roteiro: Steven Zaillian, baseado no livro de Oliver Sacks
Elenco: Robert De Niro, Robin Williams, Julie Kavner, Ruth Nelson, John Heard, Penelope Ann Miller, Alice Drummond

Atendendo a pedidos, aqui estamos postando uma crítica deste belo e emocionante filme. Tempo de Despertar baseia-se no livro de mesmo nome escrito pelo neurologista britânico Oliver Sacks. O livro é como uma autobiografia de Sacks, tratando de sua experiência como neurologista e contando casos de pacientes seus, assim como vários outros livros do autor, que se tornaram best-sellers. No filme, Sacks corresponderia ao personagem Malcolm Sayer, interpretado por Robin Williams. Malcolm Sayer, assim como Oliver Sacks, é neurologista, e vai trabalhar em um hospital psiquiátrico, onde encontra vários pacientes com sintomas semelhantes, supostamente catatônicos. Ele, no entanto, suspeita que esses pacientes estão apenas em estado de "adormecimento" e que, se medicados corretamente, podem despertar. Ao pesquisar sobre o assunto, ele acaba encontrando uma droga comumente usada para pacientes com Mal de Parkinson, a L-DOPA, e pede ao hospital autorização para testar a droga em um dos pacientes "adormecidos", Leonard Lowe, interpretado por Robert De Niro. O tratamento traz resultados e a droga passa a ser utilizada pelos outros pacientes com os mesmos sintomas. No entanto, Leonard começa a apresentar efeitos colaterais, e o doutor Sayer se vê diante do desafio de encontrar a dose certa da droga e dar aos seus pacientes uma cura permanente.
O filme nos chama a atenção logo de cara pelo seu tema. É incrível imaginar que uma pessoa, após décadas "desligada" do mundo, volte à realidade, a uma nova realidade totalmente diferente da sua. Marcante é a cena em que Lucy Fishman (Alice Drummond), após acordar depois de várias décadas de inconsciência, diz à enfermeira Eleanor Costello (Julie Kavner): "Eu não consigo me imaginar com mais de 22 anos".
Um filme como esse, que objetiva passar aos espectadores toda a emoção que a história proporciona, necessita de um elenco gabaritado. E é esse o ponto alto do filme, que tem seu elenco liderado por dois monstros de Hollywood: Robin Williams e Robert De Niro. Antes do início das filmagens, eles assistiram a vários vídeos de pacientes do Dr. Oliver Sacks, além de visitar várias vezes o hospital em que ele trabalhava para observar os pacientes. Robin Williams deixa de lado sua veia humorística e traz para o personagem toda a sua carga emotiva e o seu já comprovado talento. Ele interpreta o solitário Malcolm Sayer, um médico formado, mas sem muita experiência clínica. Mesmo assim, ele encara essa nova experiência de frente. Ao contrário de todos os outros médicos do hospital, acomodados e desacreditados dos pacientes, o Dr. Sayer busca novas soluções para problemas aparentemente irreversíveis, passando por cima de críticas e gozações. Ele é um médico realmente mais preocupado com seus pacientes do que com qualquer outra coisa, ultrapassando a relação médico-paciente, o que fica claro quando vemos a amizade que se forma entre ele e Leonard Lowe. Este é interpretado por Robert De Niro, que é o grande destaque do filme. Leonard passou um longo tempo adormecido e é o primeiro paciente do Dr. Sayer a despertar. De Niro, com sua espetacular capacidade e seu reconhecido perfeccionismo, encarna esse difícil personagem com maestria. Ele é incrivelmente verossímil ao interpretar os tiques do personagem. Isso nos mostra sua enorme capacidade de observação e sua dedicação ao personagem, o que também pode ser visto em Touro Indomável, em que teve de engordar 27 quilos e aprender a lutar boxe para interpretar o personagem Jake LaMotta, e em New York, New York, em que aprendeu a tocar saxofone. Seu talento lhe rendeu 5 indicações ao Oscar de Melhor Ator, inclusive por Tempo de Despertar, tendo ganho um por Touro Indomável, além de um Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por O Poderoso Chefão: Parte II e vários outros prêmios.
Uma curiosidade é que em uma das cenas Robin Williams acidentalmente quebrou o nariz de De Niro com o cotovelo. O engraçado é que, tempos depois, De Niro disse que seu nariz já havia sido quebrado antes, mas na direção oposta, e que este acidente havia colocado seu nariz de volta ao lugar certo.
Tempo de Despertar recebeu três indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator (Robert De Niro) e Melhor Roteiro Adaptado. Além disso, Robin Williams concorreu ao Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama. É um filme muito bonito e tocante, fruto de uma história com potencial transformada em um bom roteiro e de atuações memoráveis de dois atores magníficos. O filme é rápido, não perde tempo com cenas desnecessárias à essência da história e não aborrece o espectador. Além de sua história emocionante, é realmente interessante de assistir, pois mesmo quem não é muito chegado à medicina fica curioso para entender o "milagre" de que o filme trata, o que se torna mais intenso quando sabemos que se trata de uma história real. Por isso, indico esse filme a todos que gostam do bom cinema, mas advirto, desde já, àqueles que têm tendência a se emocionar, que tenham consigo um bom estoque de lenços de papel. Vão precisar.

domingo, 23 de novembro de 2008

O Invisível


O Invisível
The Invisible
EUA, 2007-97 min
Drama / Thriller

Direção: David S. Goyer

Roteiro: Mick Davis, Christine Roum e Mats Wahl


Elenco: Justin Chatwin, Margarita Levieva, Mark Houghton, Michelle Harrison, Chris Marquette e Marcia Gay Harden.

Você adora filmes que tratam do sobrenatural, de vida após a morte ou derivados? É fã de O Sexto Sentido? Se a resposta for sim, vai gostar de O Invisível. O filme, como diz o cartaz, mostra o que pode existir entre a vida e a morte, entre a passagem de um para outro. E este tema é abordado através da história de Nick (Justin Chatwin, Guerra dos Mundos e futuro Goku em Dragonball), um adolescente brilhante que tem seu futuro determinado por sua mãe (Marcia Gay Harden, vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante do ano de 2000 por Pollock). Esta lhe apresenta à sociedade como sendo um garoto perfeito mas, o que ninguém sabe é que, Nick vende trabalhos por encomenda no colégio, e não suporta mais a idéia de estar predestinado a algo que não lhe agrada.
O problema é que Nick é confundido com outra pessoa e Annie (Margarita Levieva, da série Law & Order), colega problemática de Nick, espanca o garoto até dá-lo como morto e junto com Pete (Chris Marquette, Show de Vizinha), melhor amigo de Nick, e outros garotos, esconde o corpo. Nick agora se encontra no Limbo e ao descobrir que não está morto, mas que estará em pouco tempo, começa uma corrida desesperada para que seus conhecidos vivos encontrem seu corpo e o salvem, mesmo que eles não consigam ouvir nem ver Nick.
A idéia principal do filme é bastante interessante: contar a história de dois jovens totalmente diferentes mas que tem em comum a invisibilidade para com os outros. Um é Nick, que está entre a vida e a morte, fora de seu corpo, que procura ajuda mesmo sem niguém com quem consiga se comunicar. A outra é Annie, que não é vista pela sociedade pois é uma adolescente cheia de problemas que rouba, briga e vende produtos roubados em sua escola, considerada por todos uma jovem sem nenhum futuro, mas que na verdade foi prejudicada pelas desigualdades sociais. E eles dois têm que trabalhar juntos para salvar a vida de Nick e "consertar" o erro de Annie.
O filme é produzido pelo mesmo estúdio de O Sexto Sentido e dirigido pelo co-produtor de Batman Begins, David S. Goyer, que realiza um ótimo trabalho. Outro ponto forte são as técnicas de filmagem presente em grande parte das cenas do filme, mas que não cansam de ser vistas (como, por exemplo, a cena em que livros caem, a câmera foca em Nick, e ao voltar para os livros, estes estão no local de antes, perfeitamente arrumados. Uma cena sem cortes). Destaque para a capacidade que o filme tem de explicar uma das cenas mais importantes do filme, sem uma única palavra, que é a cena do pássaro no quarto de Nick.
Fora tudo isso, deve-se elogiar as atuações, que se mostram à altura que as cenas necessitam, que chegam a exigir que os atores ignorem a presença de alguém gritando em seus ouvidos, o que ocorre várias vezes. Justin Chatwin mostra mais uma vez que é ótimo no seu trabalho e que nós ainda vamos ouvir falar muito nele (se o personagem Goku e o filme Dragonball não levarem sua carreira por água abaixo).
Sequências de tensão e emoção nos são apresentadas em ótimas dosagens, o que torna o longa envolvente até o seu fim, inovador, pois trata não da vida ou da morte, mas sim do que existe entre as duas, e simples, afinal, não é um filme complexo nem é uma super-produção, mas mesmo assim consegue transmitir perfeitamente o sentido do filme aos espectadores. É uma ótima opção para todos os tipos de espectadores.

sábado, 1 de novembro de 2008

Meu vídeo

A Petrobras está promovendo um concurso cultural, o qual intitula-se: “Se a Petrobras fosse um filme, como seria o trailer?”. Para participar, você deve produzir um vídeo, que seria o trailer desse suposto filme. Eu fiz o meu e postei abaixo para vocês darem uma olhada e opinarem.



Para mais informções sobre a promoção, como premiação e prazo, acessem o link:
http://www.omelete.com.br/promocao/default.aspx?CDA_PROMOCAO=90

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