segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Indicados ao Oscar 2009

Dia 22 de Fevereiro deste ano, a maior festa do cinema vai acontecer no Kodak Theatre e a lista dos indicados para a premiação já foi anunciada. Com 13 indicações, incluindo melhor filme, o Curioso Caso de Benjamin Button tem o maior número de indicações este ano, seguido por Quem Quer Ser um Milionário? com 10 indicações e, logo atrás, Milk - A Voz da Liberdade com 8 indicações.
O adorado e esperado Batman - O Cavaleiro das Trevas conta 8 indicações, mas só uma delas está entre as principais categorias, e esta é a de Melhor Ator Coadjuvante por Heath Ledger (O Segredo de Brokeback Mountain). Mas mesmo ocm um número altíssimo de indicações para um filme de super-heróis, muito, inclusive eu, ficaram decepcionados por o título do filme nao constar entre os indicados a Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Diretor, o que não seria mais do que justo (e o diretor do filme, Christopher Nolan, merecia não só concorrer como ganhar o prêmio de Melhor Diretor).
Apesar de O Curioso Caso de Benjamin Button ser o maior possuidor de indicações deste ano, o mais provável é que Quem Quer Ser um Milionário? tome conta da premiação, assim como fez no Globo de Ouro 2009. Mas é esperar para ver. A Academia tem a mania de fazer surpresas muito injustas quanto aos vencedores. Confira abaixo a lista completa dos indicados ao Oscar 2009.

Melhor Filme

O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost/Nixon
Milk - A Voz da Igualdade
O Leitor
Quem Quer Ser um Milionário?

Melhor Diretor

Danny Boyle (Quem Quer Ser um Milionário?)
Stephen Daldry (O Leitor)
David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Ron Howard (Frost/Nixon)
Gus Van Sant (Milk - A Voz da Igualdade)

Melhor Ator

Richard Jenkis (The Visitor)
Frank Langella (Frost/Nixon)
Sean Penn (Milk - A Voz da Igualdade)
Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Mickey Rourke (O Lutador)

Melhor Atriz

Anne Hathaway (O Casamento de Rachel)
Angelina Jolie (A Troca)
Melissa Leo (Frozen River)
Meryl Streep (Dúvida)
Kate Winslet (O Leitor)

Melhor Ator Coadjuvante

Robert Downey Jr. (Trovão Tropical)
Philip Seymour Hoffman (Dúvida)
Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas)
Josh Brolin (Milk - A Voz da Igualdade)
Michael Shannon (Foi Apenas um Sonho)

Melhor Ator Coadjuvante

Amy Adams (Dúvida)
Penelope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
Viola Davis (Dúvida)
Taraji P. Henson (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Marisa Tomei (O Lutador)

Melhor Roteiro Original

Frost/Nixon
Simplesmente Feliz
Na Mira do Chefe
Milk - A Voz da Igualdade
Wall-E

Melhor Roteiro Adaptado

O Curioso Caso de Benjamin Button
Dúvida
Frost/Nixon
O Leitor
Quem Quer Ser um Milionário?

Melhor Trilha Sonora Original

Alexandre Desplat (O Curioso Caso de Benjamin Button)
James Newton Howard (Defiance)
A. R. Rahman (Quem Quer Ser um Milionário?)
Danny Elfman (Milk - A Voz da Igualdade)
Thomas Newman (Wall-E)

Melhor Canção Original

Down to Earth (Wall-E)
Jai Ho (Quem Quer Ser um Milionário?)
O Saya (Quem Quer Ser um Milionário?)

Melhor Filme Estrangeiro

Der Baader Meinhof Komplex, de Uli Edel (Alemanha)
Waltz With Bashir, de Ari Folman (Israel)
The Class, Laurent Cantet (França)
Departures, Yojiro Takita (Japão)
Revanche, de Gotz Spielmann (Áustria)

Melhor Animação

Bolt - Supercão
Kung Fu Panda
Wall-E

Melhor Curta de Animação

La Maison en Petits Cubes, de Kunio Kato
Lavatory - Lovestory, de Konstantin Bronzit
Oktapodi, de Emud Mokhberi e Thierry Marchand
Presto, de Doug Sweetland
This Way Up, de Alan Smith e Adam Foulkes

Melhor Documentário

The Betrayal (Nerakhoon), de Ellen Kuras e Thavisouk Phrasavath
Encounters at the End of the World, de Werner Herzog e Henry Kaiser
The Garden, de Scott Hamilton Kennedy
Man on Wire, de James Marsh e Simon Chinn
Trouble the Water, de Tia Lessin e Carl Deal

Melhor Documentário em Curta-Metragem

The Conscience of Nhem En
The Final Inch
Smile Pinki
The Witness - From the Balcony of Room 306

Melhor Curta-Metragem

Auf der Strecke (On the Line)
Manon on the Asphalt
New Boy
The Pig
Spielzeugland (Toyland)

Melhor Direção de Arte

A Troca
O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman – O Cavaleiro das Trevas
A Duquesa
Foi Apenas um Sonho

Melhor Fotografia

A Troca (Tom Stern)
O Curioso Caso de Benjamin Button (Claudio Miranda)
Batman – O Cavaleiro das Trevas (Wally Pfister)
O Leitor (Chris Menges e Roger Deakins)
Quem Quer Ser um Milionário? (Anthony Dod Mantle)

Melhor Edição

O Curioso Caso de Benjamin Button (Kirk Baxter e Angus Wall)
Batman – O Cavaleiro das Trevas (Lee Smith)
Frost/Nixon (Mike Hill e Daniel P. Hanley)
Milk - A Voz da Igualdade (Elliot Graham)
Quem Quer Ser um Milionário? (Chris Dickens)

Melhor Mixagem de Som

O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Quem Quer Ser um Milionário?
Wall-E
O Procurado

Melhor Edição de Som

Batman – O Cavaleiro das Trevas (Richard King)
Homem de Ferro (Frank Eulner e Christopher Boyes)
Quem Quer Ser um Milionário? (Tom Sayers)
Wall-E (Ben Burtt e Matthew Wood)
O Procurado (Wylie Stateman)

Melhor Efeitos Especiais

O Curioso Caso de Benjamin Button
Batman – O Cavaleiro das Trevas
Homem de Ferro

Melhor Maquiagem

O Curioso Caso de Benjamin Button (Greg Cannom)
Batman – O Cavaleiro das Trevas (John Caglione, Jr. e Conor O’Sullivan)
Hellboy II (Mike Elizalde e Thom Floutz)

Melhor Figurino

Austrália (Catherine Martin)
O Curioso Caso de Benjamin Button (Jacqueline West)
A Duquesa (Michael O’Connor)
Milk - A Voz da Igualdade (Danny Glicker)
Foi Apenas um Sonho (Albert Wolsky)

Indicados ao Framboesa de Ouro 2009

Com certeza esta é a premiação mais odiada e temida por atores e cineastas e, muitas vezes, a mais injusta. O Framboesa de Ouro seleciona os piores da carreira hollyoodiana. Este ano, os filmes com um maior número de indicações foram as comédias-pastelão como, por exemplo: Super-Heróis - A Liga da Injustiça e Espartalhões. E o nome que mais aparece entre as indicações é o do merecedor de todos os prêmios, o cineasta Uwe Boll (Blood Rayne), conhecido por destruir os sonhos de vários nerds ao realizar adaptações cinematográficas de games como House of the Dead e Alone in the Dark. Mas, como já foi dito, o Framboesa de Ouro costuma ser injusto, como ao colocar Eddie Murphy (O Grande Dave), Al Pacino (O Poderoso Chefão) e Mike Myers (O Guru do Amor) entre os piores atores e Cameron Diaz (As Panteras) entre as piores atrizes. O filme em que estes atores atuam pode até ser ruim, mas todos são atores de primeira (destaque para Al Pacino, um dos maiores atores de todos os tempos, e eterno Michael Corleone). O alemão Uwe Boll, fora todas as suas indicações, receberá o prêmio de Pior Carreira. Nada mais justo. Confira abaixo a lista completa dos indicados.


Pior Filme

Super-heróis - Liga da Injustiça e Espartalhões
Fim dos Tempos
The Hottie and the Nottie
Em Nome do Rei
Guru do Amor

Pior Ator

Larry the Cable Guy (Witless Protection)
Eddie Murphy (O Grande Dave)
Mike Myers (Guru do Amor)
Al Pacino (88 Minutos e As Duas Faces da Lei)
Mark Wahlberg (Fim dos Tempos e Max Payne)

Pior Atriz

Jessica Alba (O Olho do Mal e Guru do Amor)
Elenco do filme “Mulheres… O Sexo Forte” (Annette Bening, Eva Mendes, Debra Messing, Jada Pinkett-Smith e Meg Ryan)
Cameron Diaz (Jogo de Amor em Las Vegas)
Paris Hilton (The Hottie and the Nottie)
Kate Hudson (Um Amor de Tesouro e Amigos, Amigos, Mulheres à Parte)

Pior Ator Coadjuvante

Uwe Boll (Postal)
Pierce Brosnan (Mamma Mia!)
Ben Kingsley, (Guru do Amor e The Wackness)
Burt Reynolds (Deal e Em Nome do Rei)
Verne Troyer (Guru do Amor e Postal)

Pior Atriz Coadjuvante

Carmen Electra (Super-heróis - Liga da Injustiça e Espartalhões)
Paris Hilton (Repo: The Genetic Opera)
Kim Kardashian (Super-heróis e a Liga da Injustiça)
Jenny McCarthy (Witless Protection)
Leelee Sobieski (88 Minutos e Em Nome do Rei)

Pior Casal

Uwe Boll e qualquer ator, câmera ou roteiro
Cameron Diaz e Ashton Kutcher (Jogo de Amor em Las Vegas)
Paris Hilton e Christin Lakin ou Joel David Moore (The Hottie and the Nottie)
Larry the Cable Guy e Jenny McCarthy (Witless Protection)
Eddie Murphy e Eddie Murphy (O Grande Dave)

Pior Sequência, Prólogo ou Remake

O Dia em que a Terra Parou
Super-heróis - Liga da Injustiça e Espartalhões
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal
Speed Racer
Star Wars: A Guerra dos Clones

Pior Diretor

Uwe Boll (Tunnel Rats, Em Nome do Rei e Postal)
Jason Friedberg e Aaron Seltzer (Super-heróis - Liga da Injustiça e Espartalhões)
Tom Putnam (The Hottie and the Nottie)
Marco Schnabel (Guru do Amor)
M. Night Shyamalan (Fim dos Tempos)

Pior Roteiro

Super-heróis - Liga da Injustiça e Espartalhões
Fim dos Tempos
The Hottie and the Nottie
Em Nome do Rei
Guru do Amor

Pior Carreira

Uwe Boll


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Vencedores do Globo de Ouro 2009


Dia 11 deste mês ocorreu o tão esperado Globo de Ouro 2009. A cerimônia premiou os melhores do cinema e da televisão. Assim como aconteceu no Emmy Internacional, a série de comédia 30 Rock ganhou a maioria dos prêmios a que concorreu, dominando a área de comédia televisiva, tendo recebido três prêmios, incluindo Melhor Série (Comédia). Já na área do cinema, o filme mais premiado foi Slumdog Millionaire, com quatro prêmios. A atriz Kate Winslet (Em Busca da Terra do Nunca) recebeu dois prêmios: Melhor Atriz (Drama) por Apenas um Sonho, no qual contracena novamente com Leonardo DiCaprio, com o qual já havia contracenado há dez anos atrás em Titanic; e de Melhor Atriz Coadjuvante, por The Reader. A cerimônia contou com um momento que emocionou muitos dos presentes na festa, que foi quando o falecido Heath Ledger (O Segredo de Brokeback Mountain) foi nomeado Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação em Batman - O Cavaleiro das Trevas (leia a crítica deste filme aqui) interpretando o personagem Coringa. O ator foi aplaudido de pé por todos no teatro e quem recebeu seu prêmio foi Christopher Nolan, diretor de Batman - O Cavaleiro das Trevas. Quem não pareceu muito feliz foi o ator Robert Downey Jr. (Homem de Ferro), que concorria na mesma categoria que Ledger pelo filme Trovão Tropical, no qual intepreta Kirk Lazarus. O cineasta Steven Spielberg (Guerra dos Mundos) foi homenageado ao receber o prêmio Cecil B. DeMille por toda a sua obra. Veja abaixo a relação de todos os vencedores do Globo de Ouro 2009 e também o vídeo que mostra o momento em que Heath Ledger foi nomeado Melhor Ator Coadjuvante.

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou telefilme

Laura Dern (Recount)

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou telefilme

Tom Wilkinson (John Adams)

Melhor atriz em minissérie ou telefilme

Laura Linney (John Adams)

Melhor ator em minissérie ou telefilme

Paul Giamatti (John Adams)

Melhor minissérie ou telefilme

John Adams

Melhor atriz em telessérie (comédia)

Tina Fey (30 Rock)

Melhor ator em telessérie (comédia)

Alec Baldwin (30 Rock)

Melhor atriz em telessérie (drama)

Anna Paquin (True Blood)

Melhor ator em telessérie (drama)

Gabriel Byrne (Em Terapia)

Melhor telessérie (comédia)

30 Rock

Melhor telessérie (drama)

Mad Men

Melhor canção

O Lutador

Melhor trilha sonora

Slumdog Millionaire

Melhor roteiro

Slumdog Millionaire

Melhor ator coadjuvante

Heath Ledger (Batman - O Cavaleiro das Trevas)

Melhor atriz coadjuvante

Kate Winslet (The Reader)

Melhor filme de animação

Wall-E

Melhor filme estrangeiro

Waltz with Bashir(Israel)

Melhor ator (comédia ou musical)

Colin Farrell (Na Mira do Chefe)

Melhor atriz (comédia ou musical)

Sally Hawkins (Simplesmente Feliz)

Melhor ator (drama)

Mickey Rourke (O Lutador)

Melhor atriz (drama)

Kate Winslet (Apenas um Sonho)

Melhor diretor

Danny Boyle (Slumdog Millionaire)

Melhor filme - Comédia ou musical

Vicky Cristina Barcelona

Melhor filme - Drama

Slumdog Millionaire



sábado, 10 de janeiro de 2009

Laranja Mecânica


Laranja Mecânica
A Clockwork Orange
Reino Unido, 1971
Drama/Ficção-Científica

Direção: Stanley Kubrick

Roteiro: Stanley Kubrick, baseado no livro de Anthony Burgess

Elenco: Malcolm McDowell, Patrick Magee, Michael Bates, Warren Clarke, Adrienne Corri, Carl Duering

Há certos filmes que marcam época e dividem opiniões. Você pode amá-los ou odiá-los, mas sempre terá algo a dizer sobre eles. Não há como ficar neutro. Laranja mecânica é um deles. Confesso que antes de assistir ao filme eu não havia ouvido nenhuma crítica positiva sobre ele. Sempre me diziam que ele era "violento demais", "exagerado" ou "irreal". Talvez porque as pessoas com quem falei buscassem sempre nos filmes aventura, romance, humor leve, histórias bonitas com finais felizes. Coisas essas que nem passam perto de Laranja Mecânica. Pelo menos não em sua forma clássica e eternizada.
O enredo se passa na Inglaterra, em 1995. O anti-herói Alex DeLarge (Malcolm McDowell), um jovem de 18 anos, fã de Beethoven, e que é líder de uma gangue de delinqüentes viciados em drogas e que se divertem batendo, estuprando e matando. É a chamada ultraviolência que nos é apresentada. Um dia, traído pelos seus comparsas, Alex é capturado pela polícia. Após um tempo preso, ele aceita se submeter a um tratamento novo de reabilitação, que promete transformar criminosos em cidadãos honestos. Porém, o método é cruel, radical, brutal, e não somente torna Alex incapaz de violentar alguém, como também o torna indefeso a qualquer violência que possa sofrer. Nesse momento, somos colocados diante da questão de qual ato é mais reprovável: o do criminoso que se diverte com suas barbaridades ou o da sociedade, sob a forma de seu governo controlador, que o torna indefeso e o faz sentir na pele um pouco de sua ultraviolência? É inquietante. O filme todo o é.
A história inteira é mostrado por extremos. Não há meias palavras, tudo é apresentado de forma direta e intensa. Justamente por isso não digo que é um filme totalmente agradável de ser visto. É muito forte, e passa para o espectador exatamente o que o protagonista sente. Alex muitas vezes se sente nauseado e enjoado e isso acaba sendo transferido para quem assiste. Há também muitas cenas de violência e sexo, que fizeram com que o filme recebesse pesadas críticas por abusar disso. O diretor Stanley Kubrick, inclusive, mandou que o filme fosse retirado de cartaz no Reino Unido por ter recebido muitas críticas desse tipo. Ele disse que o filme só seria exibido lá após sua morte, que ocorreu em 1999.
Kubrick dá ao filme a sua cara. Cenários sempre exageradamente ornamentados, coloridos, futuristas, excêntricos. Também os figurinos. As gangues usam uniformes que mais parecem fantasias de Carnaval. Cartolas, bengalas e o famoso cílio postiço utilizado por Alex são elementos característicos. Nas atuações também percebemos esse tom alegórico de Kubrick. Muitas delas chegam a ser caricatas, como a do diretor do presídio (Michael Glover), sempre exageradamente formal, gritando mesmo quando desnecessário e tratando os presos como seres inferiores. Uma crítica à polícia e ao sistema prisional britânicos.
Malcolm McDowell é outra figura sem a qual o filme não existiria. E quem disse isso foi próprio Kubrick, afirmando que se McDowell não houvesse aceitado o papel, provavelmente não teria dirigido Laranja Mecânica. McDowell interpreta perfeitamente a crueldade de Alex. Em muitas cenas ele trabalha apenas com o olhar, tendo que demonstrar frieza ou fúria sem nada dizer. Também explora bastante a linguagem corporal, com muitos gestos característicos, além do modo de falar, do qual tratarei mais adiante. Sem falar que McDowell teve de encarar algumas situações no mínimo incômodas nesse filme. A clássica cena em que ele usa um utensílio que o impede de fechar os olhos enquanto assiste a várias filmes de violência é perturbadora até para quem vê, quanto mais para ele. Outra situação inusitada é que Kubrick só incluiu a cobra de estimação de Alex nas filmagens depois que soube que McDowell tinha medo de cobras.
Um detalhe característico e que contribuiu para que o filme se tornasse um ícone dos anos 70 é a linguagem que apresenta. Vocábulos como droog (do russo druk, amigo) e moloko (leite) são muito comuns no filme. Alex utiliza muito o "Nadsat", um vocabulário criado pelo autor do livro, Anthony Burgess, que mistura o russo e o cockney, que é o linguajar usado pela classe operária britânica. O autor inspirou-se em duas tribos urbanas rivais da Inglaterra, os Mods e os Rockcers, na criação desse vocabulário.
Laranja Mecânica concorreu ao Oscar em quatro categorias (Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição) e ao Globo de Ouro em três categorias (Melhor Filme em Drama, Melhor Diretor e Melhor Ator em Drama para Malcolm McDowell). Isso com um orçamento de apenas 2 milhões de dólares, o que prova que não há dinheiro que substitua o talento, principalmente hoje em que vemos orçamentos de 100, 150 milhões resultarem em filmes sem conteúdo.
A característica do filme que causa repulsa a alguns, qual seja ser diferente do que estão acostumados a ver, é também a que encanta muitos outros. O filme é simplesmente diferente de tudo que já foi visto no cinema. É difícil achar um par para Laranja Mecânica. É único. Bom ou ruim, é único.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Novo ano, novo template...

Pois é, meus amigos, como vocês perceberam nosso querido blog está renovado. Mudamos o template, acrescentamos alguns novos elementos, reorganizamos o blog. Nem tudo está pronto ainda, restam alguns detalhes a ajustar, mas acho que a mudança foi para melhor. Não posso esquecer de agradecer ao nosso amigo Diego Cavalcante, que se ofereceu para fazer o nosso logotipo e que é um grande parceiro nosso. Valeu pela força, Diego!
Bem, espero que tenham gostado. De qualquer jeito, opinem nos comentários.

Valeu!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Indicados ao Globo de Ouro 2009

Dia 11 de janeiro está chegando, o dia em que ocorrerá o 66º Globo de Ouro, a famosa premiação destinada ao cinema e à televisão. Neste post eu irei lhes apresentar a relação dos indicados ao Globo de Ouro 2009. Nela aparecem nomes como Brad Pitt, Robert Downey Jr., Heath Ledger e Kiefer Sutherland e títulos como Trovão Tropical, Queime Depois de Ler, Wal-E e House. Lembrando que a premiação ocorrerá no domingo, dia 11 de janeiro, e, infelizmente, só será transmitida aqui no Brasil pelo canal da TV por assinatura TNT. Confira abaixo a lista.

Melhor atriz coadjuvante em série, minissérie ou telefilme
Eileen Atkins (Crawford)
Laura Dern (Recount)
Melissa George (Em Terapia)
Rachel Griffiths (Brothers and Sisters)
Dianne Wiest (Em Terapia)

Melhor ator coadjuvante em série, minissérie ou telefilme
Neil Patrick Harris (How I Met your Mother)
Denis Leary (Recount)
Jeremy Piven (Entourage)
Blair Underwood (Em Terapia)
Tom Wilkinson (John Adams)

Melhor atriz em minissérie ou telefilme
Judi Dench (Cranford)
Catherine Keener (An American Crime)
Laura Linney (John Adams)
Shirley MacLaine (Coco Chanel)
Susan Sarandon (Bernard and Doris)

Melhor ator em minissérie ou telefilme
Ralph Fiennes (Bernard and Doris)
Paul Giamatti (John Adams)
Kevin Spacey (Recount)
Kiefer Sutherland (24: Redenção)
Tom Wilkinson (Recount)

Melhor minissérie ou telefilme
A Raisin in the Sun
Bernard and Doris
Cranford
John Adams
Recount

Melhor atriz em telessérie (comédia)
Christina Applegate (Samantha Who?)
America Ferrera (Ugly Betty)
Tina Fey (30 Rock)
Debra Messing (The Starter Wife)
Mary-Louise Parker (Weeds)

Melhor ator em telessérie (comédia)
Alec Baldwin (30 Rock)
Steve Carell (The Office)
Kevin Connolly (Entourage)
David Duchovny (Californication)
Tony Shalhoub (Monk)

Melhor atriz em telessérie (drama)
Sally Field (Brothers and Sisters)
Mariska Hargitay (Law and Order: Special Victims Unit)
January Jones (Mad Men)
Anna Paquin (True Blood)
Kyra Sedgwick (The Closer)

Melhor ator em telessérie (drama)
Gabriel Byrne (Em Terapia)
Michael C. Hall (Dexter)
Hugh Laurie (House)
Jonathan Rhys-Meyers (Os Tudors)
Jon Hamm (Mad Men)

Melhor telessérie (comédia)
30 Rock
Californication
Entourage
The Office
Weeds

Melhor telessérie (drama)
Dexter
House
Em Terapia
Mad Men
True Blood

Melhor canção
Bolt - Supercão
Cadillac Records
Gran Torino
Wall-E
The Wrestler

Melhor trilha sonora
O Curioso Caso de Benjamin Button
Defiance
Frost/Nixon
Slumdog Millionaire
A Troca

Melhor roteiro
O Curioso Caso de Benjamin Button
Dúvida
Frost/Nixon
The Reader
Slumdog Millionaire

Melhor ator coadjuvante
Tom Cruise (Trovão Tropical)
Robert Downey Jr. (Trovão Tropical)
Ralph Fiennes (A Duquesa)
Phillip Seymour Hoffman (Dúvida)
Heath Ledger (Batman – O Cavaleiro das Trevas)

Melhor atriz coadjuvante
Amy Adams (Dúvida)
Penelope Cruz (Vicky Cristina Barcelona)
Viola Davis (Dúvida)
Marisa Tomei (The Wrestler)
Kate Winslet (The Reader)

Melhor filme de animação
Bolt - Supercão
Kung Fu Panda
Wall-E

Melhor filme estrangeiro
The Baader Meinhoff Complex (Alemanha)
Everlasting Moments (Suécia)
Gomorra (Itália)
Il y a longtemps que je t’aime (França)
Waltz with Bashir (Israel)

Melhor ator (comédia ou musical)
Javier Barden (Vicky Cristina Barcelona)
Colin Farrell (Na Mira do Chefe)
James Franco (Segurando as Pontas)
Brendan Gleeson (Na Mira do Chefe)
Dustin Hoffman (Last Chance Harvey)

Melhor atriz (comédia ou musical)
Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona)
Sally Hawkins (Simplesmente Feliz)
Frances McDormand (Queime Depois de Ler)
Meryl Streep (Mamma Mia!)
Emma Thompson (Last Chance Harvey)

Melhor ator (drama)
Leonardo DiCaprio (Apenas um Sonho)
Frank Langella (Frost/Nixon)
Sean Penn (Milk – A Voz da Igualdade)
Brad Pitt (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Mickey Rourke (The Wrestler)

Melhor atriz (drama)
Anne Hathaway (O Casamento de Rachel)
Angelina Jolie (A Troca)
Kristin Scott Thomas (Il y a Longtemps que je T'aime)
Meryl Streep (Dúvida)
Kate Winslet (Apenas um Sonho)

Melhor diretor
Danny Boyle (Slumdog Millionaire)
Stephen Daldry (The Reader)
David Fincher (O Curioso Caso de Benjamin Button)
Ron Howard (Frost/Nixon)
Sam Mendes (Apenas um Sonho)

Melhor filme - Comédia ou musical
Na Mira do Chefe
Mamma Mia!
Queime Depois de Ler
Simplesmente Feliz
Vicky Cristina Barcelona

Melhor filme - Drama
Apenas um Sonho
O Curioso Caso de Benjamin Button
Frost/Nixon
The Reader
Slumdog Millionaire

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Resident Evil: Degeneração


Resident Evil: Degeneração
Resident Evil: Degeneration
Japão, 2008 - 97 min
Animação / Horror / Ficção-Científica

Direção: Makoto Kamiya

Roteiro: Shotaro Suga

Elenco (Vozes): Alyson Court, Paul Mercier, Laura Bailey, Roger Craig Smith

Mortos-vivos, armas, vírus, lugares aterrorizantes, personagens carismáticos e histórias empolgantes. Sim, estamos falando de Resident Evil! Mas não dos jogos, e sim do novo filme. E quando falamos dos filmes da série, os últimos dois adjetivos não são muito presentes. Pelo menos não na série americana.
Resident Evil: Degeneração é a mais nova adaptação cinematográfica da famosa série de video game, que lançou nos cinemas do Japão no dia 18 de outubro de 2008, nos Estados Unidos no dia 30 de dezembro de 2008 (DVD e Blu-ray) e no Brasil, o filme lançará no dia 28 deste mês, direto para locadoras e lojas. Mas, eu tive a oportunidade e o prazer de assistir ao filme num teatro lotado de fãs da série (incluindo eu) e venho fazer a crítica do que conferi.
A história se passa 7 anos após o "Incidente Umbrella" em Racoon City. O acontecimento fez com que as ações da Umbrella Corporation despencassem e a fizessem falir e quem assume o poder sobre o T-vírus e toda a sua tecnologia é a WilPharma. Claire Redfield (Alyson Court) agora faz parte de uma ONG que defende as vítimas do bioterrorismo e está num aoeroporto, quando este começa a ser atacado por zumbis, que chegaram em um avião. As forças especiais são acionadas e Leon S. Kennedy (Paul Mercier) é chamado para comandar a operação de invasão e salvamento dos que ainda nao foram tomados pelo vírus e estão presos dentro do aeroporto. O suspeito de liberar o T-vírus é Curtis Miller, um dos sobreviventes à destruição de Racoon City.
O filme é todo feito em CG (computação gráfica) de ótima qualidade. Os movimentos são reais, com algumas exceções, como a boca. A dublagem, apesar de ótima, não corresponde muito bem aos movimentos bucais dos personagens. Outro problema é o cabelo de Leon. O cabelo do personagem único que não tem um movimento realista, e que até de baixo da água continua quase que imóvel, não correspondedno ao movimento que a água exerce sobre ele e nem mesmo aparentando estar molhado ao desarrumado ao sair desta. O mais óbvio é que isso aconteça para que o personagem continue do mesmo jeito que os fãs o conhecem. Fora isso, as lutas, os cenários e as explosões (destaque para a cena em que Leon e Claire enfrentam o monstro gerado pelo G-vírus) são todos muito bem elaborados.
Os personagens novos são característicos da série de jogos, e os que já existiam na mesma são muito fiéis (a roupa de Leon, tirando o casaco, que apesar de não ser igual é bastante parecido, é a mesma que o personagem usa no jogo Resident Evil 4), tanto as características físicas quanto as psicológicas. Os efeitos sonoros, juntamente com a trilha sonora e as dublagens, lhe dão a mesma sensação de estar jogando algum jogo da série, o que é bastante empolgante.
O filme possui uma ótima história, com surpresas e reviravoltas, muita ação, tensão e suspense. Mas as história não se apresenta tão bem organizada quanto deveria. Torna-se confusa à medida que alguns acontecimentos não são bem explicados. O filme começa, e alguns detalhes já são deixados para trás, como se já tivessem sido apresentados nos jogos ou em algum outro lugar, ou então passam muito rápidos, pelo fato de o filme ser tão pequeno (apenas 97 minutos).
Resident Evil: Degeneração é fiel, divertido e um grande presente para os fãs da série, mas poderia ser melhor. Ajudaria muito se o filme fosse comandado pelo diretores, produtores e criadores dos jogos, o que garantiria uma história ainda melhor. Outra opção, era que história não fosse usada para um filme, e sim para um jogo, pois o enredo, como num todo, é muito bom, e teria um aproveitamento muito maior num video game. Não tenho a menor dúvida de que este filme é superior à série live-action americana. Sabendo que são séries distintas, tenho confiança de que a série mais nova, que acabou ter o seu primeiro filme, tem um grande futuro. Dia 28 desse mês, vale a pena, para fãs da série, de animações e de games em geral, correr para a locadora e alugar Resident Evil: Degeneração.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Crepúsculo


Crepúsculo
Twilight
EUA, 2008 - 122 min
Suspense / Romance / Drama / Fantasia

Direção:
Catherine Hardwicke


Roteiro:
Melissa Rosenberg e Stephenie Meyer (livro)

Elenco:
Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed , Kellan Lutz, Peter Facinelli, Cam Gigandet

Nada melhor do que começar o ano para o CineMatuto com a segunda maior bilheteria de estréia em 2008. Crepúsculo é a adaptação do primeiro livro da série de Stephenie Meyer, série esta que se tornou a maior febre juvenil pós-Harry Potter. O filme arrecadou 70 milhões de dólares no final de semana de estréia só nos Estados Unidos, ficando atrás somente de Batman - O Cavaleiro das Trevas quanto a bilheteria de estréia. O sucesso do livro no Brasil fez com que o filme tivesse sua estréia adiantada em um mês.
No filme, nos é contada a história de Isabella Swan (Kristen Stewart), uma garota de 17 anos que abre mão de morar com sua mãe, Renee (Sarah Clarke), que acaba de se casar e vai viver na estrada com seu novo marido, que é jogador de beisebol da segunda divisão, na ensolarada Phoenix, para morar com seu pai, Charlie (Billy Burke) em Forks, Washington D.C., uma cidade nublada em que se chove quase todos os dias. Em seu novo lar, Bella faz algumas amizades com pessoas que não gosta de ouvir, e conhece Edward Cullen, (Robert Pattinson) garoto que Bella (como é chamada) conhece na escola, e que fica isolado com seus irmãos adotivos, Emmet Cullen (Kellan Lutz), Rosalie Hale (Niki Reed), Jasper Hale (Jackson Rathbone) e Alice Cullen (Ashley Greene). Passado um tempo que Bella conhece Edward, a garota descobre que ele e sua família são vampiros. Os dois se apaixonam um pelo outro, mas Edward tem uma sede maior que o normal pelo sangue da garota. Daí a história se desenrola mostrando se possível um vampiro e uma garota mortal apaixonados viverem juntos.
Apesar do filme ser um dos maiores blockbusters do ano, contou com um baixo investimento para um filme tão esperado e com relativamente grande necessidade de efeitos especiais (apenas 37 milhões de dólares). E esse fato pode ser notado no filme, que foi muito prejudicado por isso. Os efeitos especiais são, em geral, precários. Os pulos feitos em computação gráfica e com uso de cordas são a prova disso. Mas mesmo assim, algumas cenas conseguem ser emocionantes, ou até bem feitas, como a do jogo de beisebol na clareira (destaque para a fotografia da cena e a câmera lenta) e a luta contra James (Cam Gigandet), principalmente quando este desliza quebrando o chão de madeira). O filme possui uma ótima fotografia, boas locações e não apela para os efeitos especiais. Pelo contrário: tem muita força nas atuações, principalmente no casal principal. Kristen Stewart (Zathura, Os Mensageiros, Na Natureza Selvagem), além de fiel à personagem do livro, se mostra, mais uma vez, uma ótima atriz, assim como fez em O Quarto do Pânico. O mesmo pode ser dito sobre Robert Pattinson (Harry Potter e o Cálice de Fogo), que volta em mais uma adaptação de um livro de sucesso juvenil mas, desta vez, com maior importância, interpretando um personagem tão complexo como Edward é, que exige uma constante representação da mudança de vontades e ações, como quando está calmo e, repentinamente, voraz. E isso é claramente apresentado em cenas como, por exemplo, a seqüência em que Edward encontra Bella na aula de Biologia, quando o garoto protege Bella em Port Angeles e por último, mas não menos importante, a cena em que Edward tenta parar de sugar sangue.
O filme já foi muito questionado em relação à sua fidelidade como adaptação. Realmente, ele é bem menos fiel do que o esperado. Falas, locações e, destaque para estes últimos, características físicas e psicológicas são mantidas incrivelmente fiéis. Mas outros não, como o fato de ocorrerem ataques de vampiros na cidade de Forks e na região durante a história. Isso não acontece no livro e, quem o leu sabe que os Cullen saberiam da presença de outros vampiros, e estes últimos não caçariam numa área habitada por outros vampiros (os Cullen). O filme também deixa de lado os sonhos de Bella, que talvez fossem bastante esclarecedores para os espectadores, a história da vida de Carlisle Cullen (Peter Facinelli), o médico-cirurgão de Forks e pai adotivo de Edward e seus irmãos e, talvez o mais importante, a misteriosa história de como Alice se transformou em vampira.
Dois pontos fortes do filme a serem considerados são o som e a trilha sonora. O filme conta com ótimos efeitos sonoros, que contribuem bastante para a tensão e emoção das cenas. A trilha sonora é caprichada e vem para satisfazer os jovens, principalmente com as músicas Decode e I Caught Myself, da banda Paramore, Leave Out All The Rest da banda Linkin Park e Never Think e Bella´s Lullaby por Robert Pattinson (esta última é a canção de ninar que Edward escreve para Bella e, com certeza, é um dos itens do filme mais esperados pelos fãs). O fato de o próprio ator escrever a música que sua personagem escreve, torna isso mais interessante do que seria normalmente.
Uma coisa é certa: Catherine Hardwicke fez um ótimo trabalho como diretora pois, apesar de todos os defeitos do filme, não é qualquer diretor que consegue adaptar o maior sucesso literário atual com apenas 37 milhões de dólares (afinal, a história exige efeitos especiais) e ainda ter a segunda maior bilheteria de estréia do ano, fora que grande parte da crítica, tanto de fãs quanto da mídia, foi positiva, quando mesmo com grande investimento na produção é difícil agrada-los (As Crônicas de Nárnia - O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa e As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian são ótimos exemplos). O filme é, de qualquer forma, divertido de se assistir, com seus momentos engraçados, de ação e românticos, mantendo o mesmo "clima" determinado no livro. Boa parte dos momentos em que o filme não segue o livro servem para tornar o primeiro uma obra cinematográfica, e não literária, para transformar a história para que fique mais bem representada no meio em que se quer que ser transmitida, que no caso é o cinema. Enquanto a continuação do filme é encaminhada e Catherine Hardwicke já está fora do filme, saída essa que foi causada pela pressa do estúdio em começar a gravar, espero que Lua Nova (a própria continuação) seja uma evolução de Crepúsculo, que a pressa dos estúdios, apesar de necessária, pois os atores que interpretam vampiros não podem envelhecer, não atrapalhem no desenvolvimento do filme, o que pode afetar a qualidade deste, e que o diretor Chris Weitz (A Bússola de Ouro) realize um bom trabalho, usando sabiamente o orçamento do filme, que será maior que o anterior, pois este exigirá bem mais dos efeitos especiais.


 
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