segunda-feira, 22 de junho de 2009

O Exterminador do Futuro: A Salvação



O Exterminador do Futuro: A Salvação
Terminator Salvation
EUA, 2009 - 116 min
Ação/Ficção científica

Direção:
McG

Roteiro:
John D. Brancato, Michael Ferris

Elenco:
Christian Bale, Sam Worthington, Anton Yelchin, Moon Bloodgood

Quem nunca ouviu falar na franquia O Exterminador do Futuro? O brilhante cineasta James Cameron (Titanic)
fez história nos anos 80 e 90 com os dois primeiros filmes da série, marcados por uma trama fantástica envolvedo andróides, efeitos especiais e grandes bordões como "Hasta la vista,baby" e "I´ll be back".
Mas a franquia foi quase que "exterminada" com a vinda de um terceiro filme -O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas- que de grandioso só tem o nome, e da série Terminator: The Sarah Connor Chronicles que foi muito mal falada por fãs e críticos. O quarto filme foi lançado e uma grande esperança de sucesso foi depositada nele.
O Exterminador do Futuro: A Salvação se passa no ano de 2018 e acompanha dois personagens principais: John Connor, interpretado por Christian Bale (Batman - O Cavaleiro das Trevas), o líder da Resistência contra a Skynet, um sistema de computador que se tornou auto-suficiente e que vê os humanos como uma ameaça; e Marcus Wright, interpretado por Sam Worthington (Fúria de Titãs), um homem que foi condenado a morte no ano de 2003, acorda em 2018 e descobre ser um ciborgue. Connor precisa salvar o jovem Kyle Reese, seu pai, que está sendo caçado pela Skynet para ser morto, evitando assim o nascimento de John. Marcus precisa descobrir o que aconteceu consigo e por quê, até o momento em que encontra Kyle, onde as duas histórias começam a se unir.
Este é o primeiro filme da série a focar a história nos acontecimentos pós-Jugamento Final (dia em que a Skynet torna-se consciente), o que muda completamente o estilo da franquia. Não há mais um único inimigo tentando matar alguém. A situação é de guerra, ou seja: explosões, tiros, velocidade e mais explosões. Bem típico do diretor McG (As Panteras). O problema é que existem cenas de tanta ação que chega ser monótono, o que é bem perceptível lá pela metade da película.
O roteiro possui várias falhas pequenas, como algumas explicações inexistentes, a presença de dois romances, sendo um deles insignificante, mas falhas essas que podem ser equilibradas às ótimas referências que o filme faz aos seus antecessores, como a música "You Could Be Mine" do Guns N´Roses, tema do segundo filme da franquia, e a presença de vários bordões da mesma, fora algumas cenas de longa duração em que aparentemente não há cortes.
Quanto a atuação no filme, não há do que reclamar, apesar de que também não há cenas que coloquem os atores realmente em prova. Christian Bale se mostra muito bem no papel de John Connor, o que não quer dizer muita coisa, pois o personagem é bastante descaracterizado. Já Worthington é mais exigido, e se sai muito bem. O australiano prova no filme porque era um dos favoritos a ficar com o papel de James Bond no filme Cassino Royale e porque está com os papéis principais em Avatar -a nova superpordução de James Cameron- e no épico Fúria de Titãs, neste último ao lado de gigantes como Liam Neesom (Gangues de Nova Iorque) e Ralph Fiennes (O Jardineiro Fiel).
Os efeitos especiais com certeza são o ponto forte da continuação. São robôs, explosões, cenários incrivelmente reais. Por trás de grande parte disso, está o grande mago dos efeitos especiais Stan Winston, que morreu em julho do ano passado e que teve como último trabalho completo o grandioso Homem de Ferro (John Fraveu). Esse homem fez história no cinema com os efeitos espciais das franquias Jurassic Park, O Exterminador do Futuro, Aliens, Predador e é o responsável pela cena mais esperada do filme aqui em questão: o encontro de Connor com o T-800. Explicando: no ano de 1983, durante as gravações do primeiro Exterminador, Stan Winston fez moldes de gesso do corpo do ator Arnold Schwarzenegger (True Lies), que interpretava o T-800, para que estes pudessem ser digitalizados e o ator aparecesse novamente em sequências futuras do filme, quando não tivesse uma forma física qualificada para o personagem. Acontece que a tecnologia foi testada e o resultado foi muito bom, o que permitiu que McG se ultilizasse dela neste filme. A cena é arrepiante. Você vê o atual governador da California 25 anos mais novo lutando com Bale, apesar de saber que o primeiro nem pisou no set de filmagem. Quem não acreditava na possibilidade da perfeição gráfica -como eu- vai balançar depois de conferir a cena. Na minha opinião, vai ser difícil tirar o Oscar de Melhor Efeito Especial de O Exterminador do Futuro: A Salvação.
Com um roteiro relativamente simples, limitado pelas contradições do terceiro filme da série, O Exterminador do Futuro: A Salvação falha, mas se compensa no geral e inova nos efeitos especiais. Prejudicado por seu antecessor, ele tenta dá continuidade a história, se tornando, como já diz o título, uma possível "salvação" à franquia. Não que o filme se iguale aos dois primeiros, mas permite que seus sucessores o façam.

1 comentários:

Anderson Siqueira disse...

Crítica pesada ao catolissismo. belíssima atuação de tom hanks. Trama bem amarrada e estruturada. Produção muito bom com riqueza de detalhes, efeitos visuais alternados, bom figurino e maquiagem. Os diálogos, muitas vezes, são corridos e complexos, dificultando o entendimento da história.

SORO: roteiro; direção; produção; locações; sequências; figurino; Tom Hanks; maquiagem.

VENENO: diálogos corridos.

NOTA (0 a 5): 4
****

 
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