domingo, 5 de julho de 2009

Harry Potter e a Câmara Secreta



Harry Potter e a Câmara Secreta
Harry Potter and the Chamber of Secrets
EUA, 2002 - 161 min
Aventura/Fantasia

Direção: Chris Columbus

Roteiro: Steve Kloves

Elenco: Daniel Radcliffe, Rupert Grint, Emma Watson, Richard Harris, Maggie Smith, Alan Rickman, Robbie Coltrane, Fiona Shaw, Tom Felton, Kenneth Branagh, Jason Isaacs

Passado um ano e meio desde o lançamento do primeiro filme da série cinematográfica Harry Potter, era a vez de Harry Potter e a Câmara Secreta enlouquecer os fãs e quebrar recordes de bilheteria na telonas.
Baseado no livro homônimo da escritora inglesa J. K. Rowling, a primeira sequência da série apresenta a volta de Harry (Daniel Radcliffe) à Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts para o seu segundo ano, junto de seus amigos Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson). Desta vez, Harry tem uma visita inesperada do elfo doméstico Dobby, que lhe alerta dos horrores que podem ocorrer se o garoto retornar à Hogwarts. Apesar disso, Harry regressa à escola, onde alunos nascidos trouxas começam a ser encontrados petrificados e ele é o principal suspeito pelos ataques.
Os pontos fortes do filme começam na continuidade: os ambientes, os atores, a trilha sonora principal se mantêm intactas, iguais às do filme anterior. Chris Columbus (Esqueceram de Mim) manteve até os figurantes, o que contribui bastante para a caracterização da série.
A atuação é caracterizada por seus ganhos. Os atores-mirins apresentam uma melhora significativa e são postos mais à prova nessa sequência, em cenas como os diálogos entre Harry e Dobby, o Clube de Duelos e o clímax. Os atores mais experientes se mantém excelentes, mas com uma perda na participação de Richard Harris (Os Imperdoáveis) que interpreta Alvo Dumbledore e que está perceptivelmente abatido no filme devido à Doença de Hodgkin (câncer maligno que atinge o sistema linfático), doença esta que lhe causou a morte cerca de um mês antes do lançamento do filme. Sua atuação continua impecável, mas infelizmente possui menos aparições do que o esperado. Destaque também para Kenneth Branagh (Frankstein de Mary Shelley), que interpreta o hilário professor Gilderoy Lockhart de forma incrivelmente fiel ao livro.
O roteiro é inquestionável. Muito bem adaptado, o que o torna excelente, afinal o livro é excelente. O mistério é envolvente e tem um ótimo desfecho, o que é característico de Rowling. Além disso, consegue fazer com bastante destreza e sutilidade diversas referências ao restante da história do jovem bruxo como, por exemplo, o feitiço que é pronunciado pela metade por Lúcio Malfoy (Jason Isaacs) ao final do filme. Steve Kloves (Harry Potter e a Pedra Filosofal) consegue pegar a essência do livro, assim como fez com o primeiro, sem precisar acrescentar acontecimentos a história, sendo eles de grande ou pequena importância. Infelizmente parece que essa sua capacidade acabou depois deste filme ou foi limitada pelo outros diretores.
O enredo se torna ainda mais encorpado devido os efeitos especiais, que são inovadores e realistas - destaque para Dobby e o gigantesco basilisco. São diversas cenas de ação distribuídas nas mais de duas horas e quarenta minutos de duração que exigem de cenários colocados com uso de montagem aos personagens feitos totalmente em computação gráfica. Isso tudo se torna ainda melhor devido às ótimas fotografia e maquiagem e à fantástica trilha sonora do brilhante John Williams, que é famoso pelas múscias de orquestra da saga Star Wars, entre outros.
A película não ganhou nenhum prêmio relevante e não concorreu ao Oscar, o que não quer dizer muita coisa para um ano em que o prêmio de Melhor Filme foi para Chicago (Rob Marshall), quando existiam candidatos como O Pianista (Roman Polanski) e Gangues de Nova York (Martin Scorsese). Tendo arrecadado mais de 860 milhões de dólares durante sua passagem pelos cinemas do mundo, Harry Potter e a Câmara Secreta se mostra como o melhor filme da série lançado até o momento, sendo marcado por sua incrível fidelidade ao livro, fidelidade essa que poderia ser equiparada à da premiadíssima saga de O Senhor dos Anéis (Peter Jackson), mas que não chegou nem perto de obter esse reconhecimento por parte da crítica. Já os fãs, em sua maioria, sonham com o retorno de Chris Columbus ao posto de diretor dos filmes da série, o que se torna a cada dia mais improvável.

4 comentários:

Maria Clara Aragão disse...

Perfeita crítica, Leo. Adorei ! *---* '

Cleber Eldridge disse...

Não exito em dizer, que esse é disparado o PIOR de toda a franquia!

Unknown disse...

Com toda a certeza HP e a Câmara Secreta é o melhooor filmeee dos 5 ;)

Israel Vidal disse...

Cara, parabéns... vocês têm talento ;)
Um ótimo blog com ótimas críticas.
parabéns ai :)

 
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