quinta-feira, 16 de julho de 2009

Harry Potter e o Enigma do Príncipe



Harry Potter e o Enigma do Príncipe

Harry Potter and the Half-Blood Prince
EUA/Inglaterra, 2009 - 153 min
Aventura / Drama / Fantasia

Direção:
David Yates
Roteiro: Steve Kloves
Elenco: Daniel Radcliffe, Michael Gambon, Jim Broadbent, Rupert Grint, Emma Watson, Helena Bonham Carter, Alan Rickman, Tom Felton, Bonnie Wright, Jessie Cave

Após ser adiado em novembro de 2008, finalmente ocorreu o lançamento do sexto filme da série Harry Potter, um dos mais esperados do ano, nesta quarta feira, 15 de julho. Mais uma vez sob a direção do inglês David Yates, o novo filme mostra o poder sombrio de Lord Voldemort mais forte ainda, pois ele, através de seus seguidores, começa a realizar atentados tanto no mundo bruxo como no dos trouxas. Harry ainda sofre com a traumática perda de seu padrinho, Sirius Black, e se vê apontado por muitos do mundo bruxo como "O Eleito", o único que capaz de derrotar Voldemort. Ele também é imcubido de uma importante tarefa por Dumbledore, e o futuro de todos depende do sucesso dessa tarefa. Draco Malfoy passa a despertar uma grande suspeita em Harry, que passa vigiá-lo por achar que ele se tornou um Comensal da Morte. Fora isso, surgem muitos romances na trama, o que gera também algumas crises de ciúmes, fortalecendo o drama adolescente na série.
A volta de Steve Kloves á série se mostrou muito benéfica. Mais uma vez, assim como havia feito no quarto filme, ele soube aparar bem as arestas e criar um enredo com nexo interno. A história é ágil (não há outra alternativa em se tratando de um enredo longo), mas ninguém se perde, pois ele deu mais simplicidade ao enredo, o que o tornou bem agradável. Ele trouxe também algumas inovação em relação ao livro que permitiram ao filme perder menos tempo. Já outras se mostraram desnecessárias e até prejudiciais ao filme. Por exemplo, em duas cenas (uma no início e outra no fim), Harry tem de se esconder para ouvir uma conversa ou simplesmente ver uma cena. Enquanto no livro ele usa a Capa da Invisibilidade, no filme ele sobe em telhado em uma das cenas e na outra esconde-se embaixo da escada, opções essas que acabam sendo mais dificultosas e menos úteis à história. Vejam bem, o que se critica aqui não é a falta de fidelidade ao livro, mas sim a escolha da maneira de se fazer a cena, que se mostrou pouco prática no filme e prejudicial ao enredo, pois para os mais atentos ficará óbvio no seu decorrer que ambas as cenas deixaram escapar detalhes que serão exigidos mais à frente. Outra adição ao filme que me parece inexplicável é o ataque à Toca. Essa cena simplesmente não acrescenta nada ao filme! Com ela, eles pareciam querer sanar a falta da cena final de combate em Hogwarts que ficou de fora. Era simplesmente o clímax da história. Mas devemos também esclarecer que algumas cenas que ficaram de fora deste filme, podem já ter aparecido no anterior ou aparecerão no próximo.
Sempre defendi a volta de Mike Newell para os outros filmes, após o bom trabalho que ele fez em O Cálice de Fogo. Porém, David Yates provou que também sabe fazer um filme divertido. Até demais. O filme é repleto de cenas engraçadas, piadinhas soltas e momentos constrangedores para os personagens. A maioria realmente contribue para o filme. Mas de vez em quando, sai meio forçado. Mas a grande mudança trazida para esse novo filme é um teor dramático bem mais forte que nos outros. É tão perceptível que em certas cenas você pensa estar assistindo a um filme de drama. Diante dos acontecimentos, essa mudança era necessária. No quinto, ficaram devendo. No sexto, acertaram as contas.
Pegando o gancho dessa importante virada dramática na série, falemos daqueles que têm grande participação nisso. Daniel Radcliffe está surpreendente. Para quem estava acostumado com ele fazendo o velho "feijão-com-arroz" nos últimos filmes, terá uma boa surpresa neste. Bem mais natural, bem menos previsível. Algumas cenas simbolizam melhor isso, como quando Harry persegue Belatrix e Snape, e a divertidíssima cena com o Professor Slughorn e Hagrid, depois que Harry tomou a poção Felix Felicis. Como vemos, são cenas bem diversas, uma mais dramática e outra mais cômica, o que demonstra uma certa versatilidade. Rupert Grint e Emma Watson, depois de ficarem bem aquém do que se esperava no filme anterior, tiveram talvez a melhor atuação até aqui. Rupert parece bem mais solto no personagem e Emma fugiu um pouco da mesmice dos outros filmes. O grande fator que explica essa melhora no trio principal é a diversificação de tipos de cena, e, no caso dos dois últimos, o maior destaque na trama, o que não ocorreu no anterior, já que o próprio livro os deixava um pouco de lado. Mas se há que se destacar alguém, que seja Tom Felton. Ele, que até agora vinha tendo aparições cada vez menores nos filmes, mas sempre consistentes, provou seu talento neste. Sem a aparição de Voldemort, Draco é o centro das atenções do "lado do mal" no filme. Ele recebe uma missão e tem de cumpri-la custe o que custar. Felton encarna com perfeição o jovem bruxo que, diante de tamanha responsabilidade, se vê, ao mesmo tempo, decidido e hesitante. Apesar de tudo, ele não parece ser realmente capaz de cometer o grande mal. Bonnie Wright também ganha espaço com sua personagem Gina. Apesar de não ser excelente atriz, ela consegue dar conta do recado. Michael Gambon e Alan Rickman continuam impecáveis em seus personagens, nessa trama que é crucial para ambos. Helena Bonham Carter também está excelente como Belatrix Lestrange, assim como Jim Broadbent, o excêntrico Professor Horácio Slughorn.
Neste sexto filme, recorreu-se menos aos efeitos visuais, mas estes estão presentes em algumas cenas, como a queda da ponte e o quadribol, que está bem melhorado e mais realista. Direção de Arte e Fotografia mantêm a qualidade dos antecedentes e a trilha sonora é novamente de Nicholas Hooper, um dos maiores compositores britânicos.
Mal foi lançado e Harry Potter e o Enigma do Príncipe já bate o recorde de maior bilheteria para um lançamento à meia-noite no meio de semana, com US$ 22,2 milhões só nos EUA, superando filmes como Batman - O Cavaleiro das Trevas e Star Wars - Episódio III.
Harry Potter e o Enigma do Príncipe trouxe de volta a esperança de que a série pode render bons filmes, não só com bons enredos, mas também divertidos. Apesar de certos exageros, algumas cenas desnecessárias e algumas cenas importantes ficando de fora, o sexto filme da série é um bom filme. Só nos resta esperar que ele seja apenas um aquecimento pra o que está por vir nos dois últimos capítuloas da saga.

Veja as fotos da estréia de Harry Potter e o Enigma do Príncipe em Fortaleza


3 comentários:

Ygor Moretti disse...

Boa tarde! Gostei do layout do blog. Parabéns!!! vou coloca-lo nos links do Moviemento.

Sobre o filme, parei no primeiro harry, e naum gostei, e por a ficou meu interese por filmes e livros rsss.

Abraço e até logo!

Anderson Siqueira disse...

Um filme eclético e que mostra um grande amadurecimento da franquia. Assim pode-se resumir HARRY POTTER E O ENIGMA DO PRÍNCIPE. A qualidade técnica, aliada às excelentes atuações e um roteiro sábio e harmonioso com as cenas, fez deste o melhor filme desde HARRY POTTER E O PRISIONEIRO DE AZKABAN. E digo mais: este é o melhor filme do bruxinho mais famoso do mundo. O diretor foi muito esperto e genioso ao conciliar suspense, ação, aventura, magia, romance e terror num filme que tem pretensões grandiosas e caminha pra um final maestral.

SORO: SOM; ATUAÇÕES; ROTEIRO; PRODUÇÃO; EFEITOS VISUAIS; DIREÇÂO; FOTOGRAFIA; MAQUIAGEM; FIGURINO.

VENENO: DURAÇÃO.

NOTA (0 a 5): 4,5
****

Anônimo disse...

eu vi todos no cinema e são muito criativos
agora eu estou esperando dar as reliquias da morte
pra mim ver no cinema

 
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